O biodigestor experimental da Universidade de Hohenhein tem muito para ensinar.
Neste artigo você vai aprender como se planeja um projeto de biodigestor na Alemanha. Quais são os principais pontos a serem observados e como reconhecer os potenciais da região. As estratégias praticadas na Alemanha, o país onde há mais biodigestores comerciais implementados no mundo, serviram de base para o desenvolvimento do curso PLANO DE NEGÓCIO PARA BIODIGESTORES AUTOMATIZADOS oferecido pelo Portal do Biogás.
O investimento em conhecimento. A paixão por soluções inovadoras. A vontade de vencer desafios. Os principais ingredientes que constroem um líder de mercado.
Curiosidade: Gleysson B. Machado, autor do Portal do Biogás e Portal Resíduos Sólidos, estudou por 3 semestres na Universidade de Hohenheim para fazer o mestrado em Bioenergia e Recursos Naturais Renováveis. Precisou fechar a matrícula para trabalhar em projetos de biodigestores e resíduos sólidos no Brasil e Angola.
Você acha que pode trabalhar para realizar um projeto como esse? Se você diz que não porque não tem dinheiro suficiente, pode estar enganado. O mais importante para esses projetos é montar um cenário de negócios lucrativo. Nem sempre precisa envolver órgãos públicos. O investidor vem atraído pela possibilidade de ganhar dinheiro. Entenda agora Como desenvolver um projeto de Biodigestor anaeróbio. E saiba que você pode ser um especialista em biodigestor, profissional cada vez mais requisitado pelo mercado.
Um pouco da história do biodigestor de Hohenheim
Já na década de 1950, a Universidade Agrícola de Hohenheim começou a trabalhar realizando projetos de pesquisa em processos de biogás. Como resultado, o Professor Walter Fischer-Schlemm desenvolveu uma pequena usina de biogás para fazendas com cerca de 10 bovinos. O projeto acabou ficando conhecido como “Sistema Hohenheim”.
Após a experiência bem sucedida, a Universidade dá o próximo passo e constrói um biodigestor experimental. A planta prática de biogás operou desde 1960 com grande sucesso por Dieter Reusch, em Bernloch.
Em 1979/80 o Dr. Walter Rüprich do Instituto de Engenharia Agrícola foi o responsável pela construção do primeiro laboratório de biogás em Hohenheim. Os 22 fermentadores com 22 agitadores contavam com aquecimento e tinham o fluxo contínuo como princípio. Era uma miniatura da planta de biogás de Reusch.
O estímulo ao crescimento do projeto de biodigestor
Após o aumento nos preços de óleo de aquecimento, que durou até 1981, a construção de plantas de biogás agrícolas foi subvencionada pelo ministro Weiser. A Universidade se tornou parceira nos projetos comerciais, sendo responsável pela concepção, manutenção e operação de algumas dessas usinas.
Em 2004 foi construído um laboratório voltado para pesquisas com biogás com os padrões mais modernos da época. As plantas foram equipadas com um computador para o controle total da alimentação para substratos líquidos, detecção automática de quantidade de gás e análise de qualidade de gás.
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Com a implementação da tecnologia, foi possível realizar testes para a fermentação de estado sólido. Um marco é o desenvolvimento de uma metodologia própria de medição de 2000 a 2003, chamado Teste de produção de biogás de Hohenheim.
Com o início das operações do biodigestor experimental em escala prática na comunidade Unterer Lindenhof, a Universidade espera ser cada vez mais um destaque na pesquisa de bioenergia e lidera avanços significativos na tecnologia de biogás.
O objetivo do projeto
Apesar de produzir energia térmica e elétrica, biofertilizantes e tratar diferentes tipos de resíduos agrícolas, o objetivo principal da usina de biogás é a pesquisa. A cada semestre são experimentadas diferentes combinações de substratos para se analisar como aumentar a produção de biogás com maior concentração de metano.
Dessa forma já foram desenvolvidos inúmeros estudos nas décadas em que a Universidade pesquisa sobre o tema.
A Universidade de Hohenheim se consolida como líder em biotecnologia para biodigestores na Alemanha, que é o país à frente desses projetos. E, com certeza, a liderança da Universidade pode ser entendida ao nível global.
O biodigestor experimental da universidade de Hohenheim
O biodigestor experimental de Unterer Lindenhof foi concebido para realizar diversos experimentos no setor do agronegócio. O projeto realiza o tratamento de urina e dejetos de cerca de 300 animais entre bovinos e suínos.
O projeto conta também com um matadouro próprio para a qualificação de futuros açougueiros. Essa cozinha tem uma demanda constante por energia térmica. O projeto tem tubulação própria para a distribuição de calor nas diferentes unidades. O uso da energia térmica aumenta o grau de eficiência do uso de energia.
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Os dois fermentadores e o tanque de armazenagem de biofertilizantes possuem uma altura de 6 m e têm um diâmetro de 14 m. Todos foram construídos com concreto. Os dois fermentadores têm teto de concreto, enquanto que o tanque de armazenagem de biofertilizante conta com um gasômetro para armazenagem do biogás gerado.
O substrato utilizado
Além de dejetos animais, também são utilizados recursos naturais renováveis. Culturas como o milho e o capim que são plantadas nas proximidades da planta do biodigestor. Alunos do curso de agricultura fazem o planejamento adequado de como produzir uma quantidade de substrato de tal forma que, quando combinado com os dejetos animais, seja capaz de manter a potência nominal do motor gerador da planta.
A automação do biodigestor
Todo o processo é controlado por um sistema de automação desenvolvido com ajuda de alunos da Universidade. Todos os passos do processamento são automatizados. A coleta dos dejetos líquidos acontece diretamente das granjas para o tanque de alimentação, sem a necessidade de intervenção humana. O substrato sólido é armazenado em silos construídos sobre o solo, típicos para plantas de biogás.
Os alunos conseguem interpretar os dados da automação e entender exatamente quais são os pontos em que se pode melhorar em um biodigestor. Só para efeito de comparação, enquanto que em um biodigestor comercial convencional existem cerca de 20 sensores, o biodigestor da universidade está equipado com mais de 200 sensores. Toda a ciência desenvolvida na Universidade acaba se convertendo em tecnologias para melhorar a eficiência dos projetos construídos por empresas alemãs.
Veja mais sobre este biodigestor no vídeo abaixo:
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Gleysson B. Machado, autor do curso, é especialista em construir cenários de negócios sustentáveis. Biodigestores são indicados onde houver demanda por energia, fertilizantes e tratamento de resíduos. Projetos integrados de pecuária, agricultura e tratamento de resíduos também fazem parte de suas especialidades.