O Brasil é o maior importador de fertilizantes químicos do mundo, segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO). Em 2020, o país importou cerca de 31 milhões de toneladas de fertilizantes, principalmente de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). Esses insumos são essenciais para a produção agrícola brasileira, mas também representam custos elevados e impactos ambientais negativos.

BRASIL É O MAIOR IMPORTADOR DE FERTILIZANTES QUÍMICOS DO MUNDO

Histórico do consumo e da importação de fertilizantes no Brasil, Principais países fornecedores de fertilizantes para o Brasil, Desafios e oportunidades para a produção nacional de fertilizantes, Alternativas e soluções para reduzir o custo e o consumo de fertilizantes, Como substituir parte dos fertilizantes com produção local? Entenda porquê o Brasil é um mercado em potencial para tecnologias de recuperação de resíduos orgânicos.
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Saudações sustentáveis!

O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional de bilhões de pessoas. A agricultura brasileira é diversificada, sustentável e competitiva, baseada na inovação, na tecnologia e no manejo adequado dos recursos naturais. A produção de alimentos pelo Brasil gera emprego, renda e desenvolvimento para o país, além de fortalecer sua posição estratégica no cenário internacional. O Brasil tem o desafio e a oportunidade de continuar aumentando sua produção de alimentos de forma eficiente, responsável e inclusiva, atendendo às demandas internas e externas e promovendo o bem-estar da população.

A FINEP está comprometida com a inovação e a sustentabilidade, liberando até R$ 250 milhões para projetos com biogás. Esse financiamento substancial oferece uma oportunidade significativa para impulsionar a produção de energia limpa a partir de resíduos orgânicos e contribuir para a mitigação das mudanças climáticas.
os valores liberados de até r$ 250 milhões pelo finep para projetos com biogás representam um passo importante na promoção de tecnologias sustentáveis e na transição para uma matriz energética mais verde. esses recursos apoiam iniciativas inovadoras que têm o potencial de revolucionar a produção de energia renovável.

Por outro lado, o Brasil é o maior importador de fertilizantes do mundo, pois sua produção nacional não atende à demanda interna. Cerca de 85% dos fertilizantes usados na agricultura brasileira vêm do exterior, principalmente da Rússia, China, Canadá e Marrocos. Essa dependência expõe o país aos riscos de variação cambial, aumento dos preços internacionais e escassez de oferta. O custo em dólar dos fertilizantes impacta diretamente na rentabilidade dos produtores brasileiros, que precisam arcar com os preços elevados desses insumos. Além disso, a importação de fertilizantes gera um déficit na balança comercial do país e compromete sua soberania alimentar.

O agronegócio brasileiro é um dos mais importantes setores da economia, mas também gera uma grande quantidade de resíduos orgânicos, como restos de culturas, esterco animal e efluentes. Esses resíduos podem ser transformados em recursos valiosos, como fertilizantes orgânicos e biocombustíveis, através de tecnologias de reaproveitamento, como usinas de compostagem ou de biogás. Essas tecnologias trazem benefícios econômicos, ambientais e sociais para o país, como a redução do custo com insumos, a diminuição das emissões de gases de efeito estufa, a geração de energia renovável e a melhoria da qualidade do solo. O Brasil precisa investir nessas tecnologias para se manter competitivo no mercado internacional e promover uma agricultura mais sustentável.

Histórico do consumo e da importação de fertilizantes no Brasil

O consumo e a importação de fertilizantes no Brasil têm crescido nas últimas décadas, acompanhando a expansão e a intensificação da agricultura brasileira. Segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (ANDA), o consumo de fertilizantes no Brasil passou de 12,6 milhões de toneladas em 1998 para 39,9 milhões de toneladas em 2020, um aumento de 217%. A importação de fertilizantes também aumentou no mesmo período, passando de 7,4 milhões de toneladas para 32,9 milhões de toneladas, um crescimento de 445%. Em 2020, o Brasil foi o maior importador de fertilizantes do mundo, respondendo por cerca de 20% das importações globais. Cerca de 85% dos fertilizantes usados na agricultura brasileira vêm do exterior, principalmente da Rússia, China, Canadá e Marrocos.

O Brasil É Um Dos Maiores Produtores Agrícolas Do Mundo, Mas Também Um Dos Maiores Dependentes De Fertilizantes Importados. Segundo Dados Da Fao, O País Importou Cerca De 31 Milhões De Toneladas De Fertilizantes Em 2020, Principalmente De Nitrogênio, Fósforo E Potássio (Npk). Essa Dependência Gera Custos Elevados Para Os Produtores E Impactos Ambientais Negativos, Como A Emissão De Gases De Efeito Estufa E A Contaminação Do Solo E Da Água.
para manter a competitividade da agricultura brasileira no mercado internacional, o país precisa importar grandes quantidades de fertilizantes. de acordo com a fao, em 2020 o brasil importou aproximadamente 31 milhões de toneladas de fertilizantes, a maioria de npk. essa situação implica em riscos econômicos e ambientais para o país, como a variação cambial, a escassez de oferta e a poluição do solo e da água.

Os principais fatores que influenciaram esse crescimento do consumo e da importação de fertilizantes no Brasil foram a expansão da área plantada, o aumento da produtividade, a diversificação das culturas e a demanda por alimentos. O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo, contribuindo para a segurança alimentar e nutricional de bilhões de pessoas. A agricultura brasileira é diversificada, sustentável e competitiva, baseada na inovação, na tecnologia e no manejo adequado dos recursos naturais. Para manter esse desempenho, os produtores brasileiros precisam tratar o solo com adubos e fertilizantes, sanando possíveis deficiências nutricionais. O principal nutriente aplicado no Brasil é o potássio, com 38%, seguido por fósforo, com 33%, e nitrogênio, com 29%. Em 2020, soja, milho e cana-de-açúcar responderam por 72% do consumo de fertilizantes no país.

Comparado com outros países do mundo, o Brasil ocupa a quarta posição no ranking global de consumo de fertilizantes, responsável por cerca de 8% desse volume. Os maiores consumidores são China, Índia, Estados Unidos e Brasil. Esses países são os maiores produtores de alimentos do planeta e demandam grandes quantidades de nutrientes para suas lavouras. Segundo dados da FAO, em 2019, esses quatro países foram responsáveis por 62% do consumo mundial de fertilizantes. A China liderou o ranking com 56,5 milhões de toneladas, seguida pela Índia com 31,8 milhões, pelos Estados Unidos com 21,9 milhões e pelo Brasil com 18,6 milhões.

Principais países fornecedores de fertilizantes para o Brasil

Os principais países fornecedores de fertilizantes para o Brasil são Rússia, China, Marrocos, Canadá e Estados Unidos. Esses países são responsáveis por cerca de 64% das importações brasileiras de fertilizantes em 2021. A Rússia lidera o ranking com 23% do total, seguida pela China com 14%, pelo Marrocos com 11%, pelo Canadá com 9,8% e pelos Estados Unidos com 5,6%. Esses países fornecem diferentes tipos de nutrientes para o Brasil, como potássio, fósforo e nitrogênio. A Rússia é a principal fonte de potássio, a China é a principal fonte de nitrogênio e o Marrocos é a principal fonte de fósforo.

O Brasil É O Maior Importador De Fertilizantes Químicos Do Mundo, Mas Depende Principalmente Da Rússia Para Abastecer Sua Demanda. Segundo Dados Do Ministério Da Economia, Em 2020 O País Comprou Cerca De 9,2 Milhões De Toneladas De Fertilizantes Da Rússia, O Que Representa 23% Do Total Importado. Essa Dependência Pode Trazer Riscos Econômicos E Geopolíticos Para O Brasil, Especialmente Diante Do Conflito Entre A Rússia E A Ucrânia.
a agricultura brasileira é altamente dependente de fertilizantes químicos importados, sendo a rússia o principal fornecedor desses produtos. de acordo com o ministério da economia, o brasil importou aproximadamente 9,2 milhões de toneladas de fertilizantes da rússia em 2020, o que equivale a 23% do total importado. essa situação pode gerar vulnerabilidade econômica e política para o brasil, principalmente em função da tensão entre a rússia e a ucrânia.

Depender desses países para obter fertilizantes tem vantagens e desvantagens para o Brasil. As vantagens são a diversificação das fontes de suprimento, a garantia da qualidade dos produtos, a possibilidade de negociação de preços e condições e a complementaridade dos períodos de demanda. As desvantagens são a vulnerabilidade às flutuações cambiais, aos aumentos dos preços internacionais, às restrições de oferta e às instabilidades políticas e econômicas dos países fornecedores. O Brasil corre o risco de sofrer interrupções ou restrições no fornecimento de fertilizantes caso ocorram conflitos armados, sanções comerciais, desastres naturais ou crises energéticas nos países fornecedores. Um exemplo atual é a tensão entre a Rússia e a Ucrânia, que pode afetar o abastecimento de potássio para o Brasil.

Desafios e oportunidades para a produção nacional de fertilizantes

A produção nacional de fertilizantes enfrenta diversos desafios e oportunidades para se desenvolver e reduzir a dependência externa do Brasil. Entre os principais desafios estão a escassez ou o subaproveitamento das reservas minerais de nutrientes, a falta de infraestrutura adequada para o transporte e a distribuição dos insumos, a defasagem tecnológica em relação aos países produtores, a regulação complexa e burocrática do setor, a dificuldade de acesso ao financiamento e a necessidade de atender aos padrões de sustentabilidade ambiental. Entre as principais oportunidades estão a existência de potencialidades minerais ainda não exploradas ou subutilizadas, a possibilidade de aproveitar os resíduos orgânicos e industriais para produzir fertilizantes alternativos, o incentivo à pesquisa e à inovação para desenvolver novos produtos e processos, a harmonização das normas e dos procedimentos regulatórios, o estímulo ao crédito e aos investimentos e a promoção de uma agricultura de baixo carbono.

O governo federal e o setor privado têm buscado estimular a produção nacional de fertilizantes por meio de diversas iniciativas, como o Plano Nacional de Fertilizantes, lançado em março de 2022, que visa fortalecer políticas de incremento da competitividade da produção e da distribuição de fertilizantes no Brasil de forma sustentável. O Plano tem como objetivo transformar a infraestrutura nas próximas três décadas para que o Brasil possa produzir pelo menos a metade dos fertilizantes que consome. O Plano abrange seis linhas de ação: nitrogênio, fósforo, potássio, cadeias emergentes, ciência, tecnologia e inovação e sustentabilidade ambiental. O Plano também propõe diretrizes norteadoras para o setor, como o uso racional dos fertilizantes, o desenvolvimento da indústria nacional, o fomento à pesquisa e à inovação, a integração das cadeias produtivas, a melhoria da infraestrutura logística, a harmonização das normas regulatórias, o incentivo fiscal e financeiro e a mitigação dos impactos ambientais.

O Agronegócio Brasileiro É Um Dos Setores Mais Importantes Da Economia Nacional, Mas Também Enfrenta Desafios Para Se Manter Competitivo E Sustentável. Um Deles É A Gestão Adequada Dos Resíduos Orgânicos Gerados Pela Atividade Agropecuária, Que Podem Causar Poluição E Desperdício De Recursos. Por Isso, É Fundamental Investir Em Ciência E Tecnologia Para Desenvolver Soluções Que Permitam Reciclar Esses Resíduos E Transformá-Los Em Energia E Fertilizantes.
para garantir a produtividade e a rentabilidade do agronegócio brasileiro, é preciso investir em ciência e tecnologia que possam oferecer soluções inovadoras e eficientes para os problemas enfrentados pelo setor. um desses problemas é a geração de resíduos orgânicos provenientes da agropecuária, que podem representar riscos ambientais e econômicos. por isso, é necessário investir em tecnologias que possam reciclar esses resíduos e aproveitá-los como fonte de energia e fertilizantes.

Outras iniciativas do governo e do setor privado para impulsionar a produção nacional de fertilizantes são os incentivos fiscais para a importação de matérias-primas e equipamentos para a indústria nacional, os projetos de pesquisa e inovação financiados por agências como Embrapa, CNPq, Finep e BNDES, as parcerias estratégicas entre empresas nacionais e internacionais para o desenvolvimento de novas tecnologias e fontes de energia renovável e as boas práticas de gestão ambiental adotadas pelas empresas do setor.

Aumentar a participação da produção nacional na oferta de fertilizantes para o país traz benefícios e desafios para o Brasil. Entre os benefícios estão a redução da vulnerabilidade às flutuações do mercado internacional, o aumento da segurança alimentar e nutricional do país, o fortalecimento da indústria nacional e da geração de emprego e renda, o estímulo à pesquisa e à inovação no setor, a melhoria da qualidade dos produtos e dos serviços oferecidos aos produtores rurais e a promoção de uma agricultura mais sustentável e eficiente. Entre os desafios estão a necessidade de superar as barreiras técnicas, econômicas, regulatórias e ambientais que dificultam o desenvolvimento da indústria nacional, a necessidade de garantir a competitividade dos produtos nacionais em relação aos importados, a necessidade de atender às demandas crescentes e diversificadas dos produtores rurais brasileiros e a necessidade de conciliar os interesses dos diferentes atores envolvidos na cadeia produtiva dos fertilizantes.

Alternativas e soluções para reduzir o custo e o consumo de fertilizantes

As principais estratégias e práticas que podem contribuir para diminuir o custo e o consumo de fertilizantes na agricultura brasileira são:

  • O uso racional e eficiente dos nutrientes, que consiste em aplicar os fertilizantes na dose, no momento e no local adequados, de acordo com as necessidades das plantas e as características do solo. Essa prática permite otimizar o aproveitamento dos nutrientes, reduzir as perdas por lixiviação, volatilização ou erosão, aumentar a produtividade e a qualidade das culturas e diminuir os impactos ambientais. Para isso, é necessário realizar análises periódicas do solo e das folhas, utilizar ferramentas de recomendação de adubação baseadas em critérios técnicos e científicos e adotar boas práticas de manejo dos fertilizantes.
  • A adoção de técnicas de manejo integrado do solo e da planta, que envolvem o uso de plantas de cobertura, a rotação ou a consorciação de culturas, a correção da acidez e da fertilidade do solo, o controle de pragas, doenças e plantas daninhas e a conservação do solo e da água. Essas técnicas visam melhorar as propriedades físicas, químicas e biológicas do solo, aumentar a disponibilidade de nutrientes, favorecer o equilíbrio biológico, diversificar a produção e reduzir a dependência de insumos externos.
  • A utilização de bioinsumos e biotecnologia, que são produtos ou processos baseados em organismos vivos ou em seus derivados, como microrganismos solubilizadores ou fixadores de nitrogênio, inoculantes microbianos, biofertilizantes, bioestimulantes, biopesticidas e transgênicos. Esses produtos ou processos podem contribuir para aumentar a eficiência dos fertilizantes, suprir parcial ou totalmente as necessidades nutricionais das plantas, proteger as culturas contra estresses bióticos ou abióticos e melhorar o desempenho agronômico.
  • A diversificação das fontes de nutrientes, que consiste em utilizar diferentes tipos de fertilizantes para atender às demandas das plantas e do solo. Além dos fertilizantes minerais convencionais (NPK), existem outras opções como os fertilizantes organominerais (que combinam matéria orgânica com nutrientes minerais), os fertilizantes orgânicos (que são provenientes de resíduos animais ou vegetais), os remineralizadores (que são rochas moídas que contêm nutrientes), os nanofertilizantes (que são partículas muito pequenas que facilitam a absorção dos nutrientes) e os fertilizantes inteligentes (que liberam os nutrientes de forma controlada ou induzida).
  • A reciclagem de resíduos orgânicos, que consiste em transformar os resíduos provenientes da agropecuária, da indústria ou do saneamento em fertilizantes orgânicos ou organominerais. Essa prática permite aproveitar os nutrientes contidos nos resíduos, reduzir o volume de lixo gerado, diminuir os custos com a destinação final dos resíduos e gerar renda para os produtores. Alguns exemplos de resíduos orgânicos que podem ser reciclados são o esterco animal, o lodo de esgoto, os resíduos agroindustriais e os resíduos urbanos.

Essas alternativas podem trazer vantagens econômicas, ambientais e sociais para os produtores rurais e para a sociedade em geral. Entre as vantagens econômicas estão a redução dos custos com a compra de fertilizantes, o aumento da rentabilidade das culturas, a agregação de valor aos produtos agrícolas e a geração de novas oportunidades de negócio. Entre as vantagens ambientais estão a preservação dos recursos naturais, a mitigação das emissões de gases de efeito estufa, a melhoria da qualidade do solo, da água e do ar e a promoção da biodiversidade. Entre as vantagens sociais estão a melhoria da segurança alimentar e nutricional, a valorização da agricultura familiar e das comunidades tradicionais, a criação de empregos verdes e a conscientização ambiental.

Existem vários exemplos de casos de sucesso dessas alternativas no Brasil. Um deles é o projeto “Fertilizando o Futuro”, desenvolvido pela Embrapa Agrobiologia em parceria com outras instituições públicas e privadas. O projeto visa promover o uso racional dos fertilizantes nitrogenados na cultura da cana-de-açúcar por meio da inoculação com bactérias fixadoras de nitrogênio. Os resultados mostram que essa prática pode reduzir em até 60% o uso de fertilizantes nitrogenados sintéticos na cana-de-açúcar sem comprometer a produtividade. Outro exemplo é o projeto “Fertirrigação com Biogás“, desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves em parceria com outras instituições públicas e privadas. O projeto visa aproveitar o biogás produzido pela biodigestão anaeróbia dos dejetos suínos para gerar energia elétrica e térmica e utilizar o biofertilizante resultante na fertirrigação das lavouras. Os resultados mostram que essa prática pode reduzir em até 50% o uso de fertilizantes minerais nas culturas irrigadas sem afetar a produtividade.

Como as usinas de biogás podem substituir parte da demanda por fertilizantes químicos e ser um grande negócio no Brasil?

O Brasil é um dos maiores consumidores de fertilizantes químicos do mundo, principalmente de nitrogênio, fósforo e potássio (NPK). Esses insumos são essenciais para a produção agrícola, mas também representam custos elevados para os produtores e impactos ambientais negativos, como a emissão de gases de efeito estufa, a contaminação do solo e da água e a perda de biodiversidade. Diante desse cenário, as usinas de biogás surgem como uma alternativa sustentável e rentável para substituir parte da demanda por fertilizantes químicos e ser um grande negócio no Brasil.

A Usina De Biogás É Composta Principalmente Pelo Biodigestor, Que É O Reator Onde Ocorre A Decomposição Dos Resíduos Orgânicos E A Produção De Biogás; Pelo Sistema De Agitação Ou Mistura, Que Mantém Os Resíduos Em Suspensão E Favorece A Ação Dos Microorganismos; Pelo Sistema De Controle De Temperatura, Que Mantém As Condições Ideais Para A Fermentação; E Pelo Sistema De Purificação E Armazenamento Do Biogás Produzido.
os principais componentes de uma usina de biogás incluem o biodigestor, onde ocorre a fermentação anaeróbica dos resíduos orgânicos; o sistema de alimentação, que recebe e transporta os substratos para o biodigestor; o sistema de aquecimento, que mantém a temperatura ideal para a fermentação; o sistema de coleta e armazenamento do biogás gerado; e o sistema de geração de energia, que transforma o biogás em eletricidade, calor ou biometano.

As usinas de biogás são unidades que transformam resíduos orgânicos provenientes da agropecuária, da indústria ou do saneamento em energia elétrica ou térmica e em biofertilizantes. A energia pode ser utilizada para abastecer as propriedades rurais ou ser vendida para a rede elétrica, gerando renda para os produtores. Os biofertilizantes são resíduos líquidos ou sólidos ricos em nutrientes, como nitrogênio, fósforo e potássio, que podem ser aplicados nas lavouras como fonte de nutrição para as plantas.

As vantagens das usinas de biogás são diversas:

  • Elas contribuem para a gestão adequada dos resíduos orgânicos, evitando o descarte inadequado e a geração de odores, vetores de doenças e poluição.
  • Elas reduzem a dependência dos produtores rurais dos fertilizantes químicos importados, que estão sujeitos à variação cambial, à escassez de oferta e ao aumento de preços.
  • Elas diminuem as emissões de gases de efeito estufa, como o metano e o óxido nitroso, que são gerados pela decomposição anaeróbia dos resíduos orgânicos e pelos fertilizantes químicos. O biogás captado nas usinas evita que esses gases sejam liberados na atmosfera e os converte em energia renovável.
  • Elas melhoram a qualidade do solo e da água, pois os biofertilizantes são mais facilmente assimilados pelas plantas e não causam salinização, acidificação ou lixiviação dos nutrientes.
  • Elas aumentam a produtividade e a rentabilidade das culturas, pois os biofertilizantes fornecem nutrientes essenciais para o desenvolvimento das plantas, além de estimular a atividade biológica do solo e a resistência das plantas a pragas e doenças.
  • Elas promovem a diversificação da matriz energética brasileira, que é predominantemente hidrelétrica e termelétrica. O biogás é uma fonte de energia limpa, renovável e descentralizada, que pode ser produzida em qualquer região do país.

O Brasil possui um grande potencial para o desenvolvimento das usinas de biogás, pois conta com uma vasta disponibilidade de resíduos orgânicos provenientes da agropecuária, da indústria e do saneamento. Segundo dados da Associação Brasileira do Biogás (Abiogás), o país tem capacidade para produzir cerca de 80 milhões de metros cúbicos por dia de biogás, o que equivale a 40% da demanda nacional por gás natural. No entanto, apenas 2% desse potencial é aproveitado atualmente.

Para ampliar o uso das usinas de biogás no Brasil, é necessário superar alguns desafios, como:

  • A falta de uma política pública específica para o setor, que incentive a produção e o consumo de biogás e biofertilizantes por meio de marcos regulatórios claros, incentivos fiscais e financeiros, metas de redução de emissões e programas de capacitação.
  • A falta de infraestrutura adequada para o transporte e a distribuição do biogás e dos biofertilizantes, que dificulta o acesso dos produtores aos mercados consumidores.
  • A falta de conhecimento técnico e gerencial dos produtores rurais sobre as vantagens e as exigências das usinas de biogás, que demandam planejamento prévio, investimento inicial, manutenção periódica e monitoramento constante.
  • A falta de uma cultura de valorização dos resíduos orgânicos como fonte de energia e fertilidade, que ainda são vistos como um problema ambiental e não como uma oportunidade econômica.

Apesar desses desafios, existem vários exemplos bem-sucedidos de usinas de biogás no Brasil. Um deles é o projeto Fertirrigação com Biogás, desenvolvido pela Embrapa Suínos e Aves em parceria com outras instituições públicas e privadas. O projeto visa aproveitar o biogás produzido pela biodigestão anaeróbia dos dejetos suínos para gerar energia elétrica e térmica e utilizar o biofertilizante resultante na fertirrigação das lavouras. Os resultados mostram que essa prática pode reduzir em até 50% o uso de fertilizantes minerais nas culturas irrigadas sem afetar a produtividade.

Outro exemplo é o projeto Fertilizando o Futuro, desenvolvido pela Embrapa Agrobiologia em parceria com outras instituições públicas

Fontes e Referências

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